domingo, 22 de agosto de 2010

Paisagismo na calçada – O que é recomendado, e o que não é recomendado.

Quem não gosta de uma calçada com plantas e flores em harmonia?
Nos dias de hoje, calçadas com projetos paisagísticos estão cada vez mais em alta.
Mas é preciso tomar cuidado na hora de escolher as espécies a ser colocada no local.


Em calçadas com larguras entre 1,50 e 2m é indicado optar por arvores de pequeno porte; as com metragem entre 2 e 2,40m poderão ser plantadas espécies de pequeno e médio porte; e com largura entre 2,40 e 3m, as de grande porte podem ser especificadas. Mas atenção arvores de grande porte podem atrapalhar as espécies menores que necessitam da incidência de luz solar, fora que sua copa muito grande pode prejudicar a iluminação natural da residência.


Também não podemos esquecer de deixar uma faixa livre de no mínimo 1,20m de largura para travessia de pedestres.


Um projeto paisagístico não sai barato, mas com um pouco de pesquisa você mesmo pode construir um maravilhoso jardim em sua calçada.


Selecionei algumas espécies que são recomendadas, e outras que não são recomendadas para uma calçada residencial.



Espécies recomendadas

Arbustos e flores.

Buxinho ( Buxus sempervirens)


Apesar de atingir 3m de altura, esse arbusto é muito escolhido para executar a topiaria. Necessita da incidência do sol e a rega deve ser constante.

Ixora (Ixora coccínea)


Possui folhas miúdas e verdes - escuras. Com cores que vão do amarelo ao vermelho, chegam a no máximo 1m de altura.

Mini azaléia (Rhododendron catawbiense)


Encontradas nas cores brancas, vermelhas, rosas, amareladas ou arroxeadas. Chegam a 1m de altura.

Árvores

Manacá (Tibouchina mutabilis)


Cresce 2,5m a cada dois anos e pode atingir 12m de altura caso não ocorra a poda. Pode ser encontrada nas cores branca, roxa ou lilás.

Cerejeira ornamental (Prunus serrulata)


Podem atingir 4m de altura e são muito ornamentais. Apresentam curto período de floração na primavera.

Quaresmeira (Tibouchina granulosa)


Tem flores grandes e roxas que mudam de cor à medida que envelhecem. Chega a 12m de altura e floresce duas vezes por ano.

Ipê amarelo (tabebuia chysotricha)


Ultrapassa 20m de altura. Porém, possui crescimento lento e em calçadas pode ser usado nas mais largas. Floresce em julho e setembro.

Resedá (lagerstroemia indica)


É perfeita para calçadas, pois não possui raízes agressivas. Atinge 6m de altura e começa a florescer em novembro até o final do verão.

Não recomendadas.

Plantas venenosas.

Espirradeira (Apocynaceae spp)


Suas flores e folhas são toxicas e causam dor abdominal, pulsação acelerada, sonolência, diarréia e até mesmo a morte.

Copo de leite (Zantedeschia aethiopica)


Todas as suas partes são venenosas e provocam desde a irritação dos olhos até náusea e diarréia.

Bico de papagaio (Euphorbia pulcherrina)


Qualquer parte é toxica. Provoca sensação de queimação e inchaço nos lábios.

Árvores

Araucária (Araucária angustifólia)


Não é indicada, pois tem grande porte. Atinge 35m de altura e possui copa grande e raízes agressivas.

Mangueira (Mangifera indica)


Atinge 15m de altura e possui frutos grandes, que ao caírem podem danificar telhados, carros e até machucar pessoas.

Paineira (chorisia speciosa)


Seu porte grande com copas e raízes grandes e altura de até 30m torna o exemplar indicado para grandes espaços.

Jaca (Artocapus beterophyllus)


Chega até 25m de altura e tem raízes que danificam muros e calçadas. O fruto pode ter 50kg, causando riscos aos carros e pedestre.

Plátano (Platanus acerifolia)


Apesar de sua beleza única, não deve ser usado em calçadas, pois suas raízes podem danificar o pavimento e os itens estruturais.

Poda de arvores
Quando a espécie possui galhos que se aproximam dos fios da rede elétrica, é preciso fazer a poda. Algumas prefeituras incluem em seu cronograma de atividades a poda de arvores das calçadas em algumas estações. Porém, nas cidades que não disponibilizam esse serviço, é preciso solicitá-lo junto aos órgãos competentes, que autorizam e realizam o serviço. Em alguns municípios deve ser solicitada a subprefeitura e em outros casos com a concessionária que fornece energia elétrica.



Tiago - Pirrô


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Box House - Projeto habitacional de baixo custo alia qualidade construtiva à estética


Caros leitores com a volta as aulas ando meio sem tempo para novas postagens, no entanto essa semana meu professor solicitou um trabalho sobre um projeto muito interessante do arquiteto Yuri Vital, que são as Box House.

Esse projeto como diz o titulo da matéria é um projeto habitacional de baixo custo que alia qualidade construtiva à estética.

Não tive tempo de criar uma matéria com minhas palavras, mas coloquei 2 matérias que apesar de parecidas achei bem interessante de dois sites que encontrei sobre o assunto, também deixei o link dos sites para os interessados em se aprofundar um pouco mais no assunto.

 
Abaixo seguem as matérias.

O conjunto foi implantado em um terreno de 1011m² no bairro de Brasilândia, na zona norte da cidade de São Paulo. Antigamente, a região era formada por pequenas chácaras e vilas, que deram lugar a lotes habitacionais e residências construídas pelos próprios moradores, onde um vizinho era ajudado pelo demais e, assim, o lugarejo foi crescendo. Essa falta de planejamento e estruturação urbana influenciou o arquiteto Yuri Vital a fazer algo diferente no local: um condomínio de casas de baixo custo, mas com qualidade funcional e estética. Com esse projeto, o profissional recebeu do Instituto de Arquitetos do Brasil o Prêmio IAB na categoria "Habitação de Interesse Social", em 2008.


Quando começou a idealizar as Box Houses - o nome vem da arquitetura das casas, pensadas como se fossem caixas -, Vital logo optou por criar um meio nível abaixo do perfil do terreno e um meio nível acima, criando uma residência de dois pavimentos e vagas de garagem privativas, abaixo da casa. Ao todo, são 17 casas, com 47 m² cada uma, dispostas em duas fileiras separadas por uma rua particular.


Nas residências, no piso inferior, estão o lavabo, a cozinha e as salas de estar e jantar integradas, além de uma área de serviços. No piso superior há dois dormitórios, um deles com varanda, que dividem um banheiro. "O conceito foi o de fazer uma habitação de baixo custo que tivesse uma arquitetura que eu chamo de 'digna', criando algo inovador", diz Yuri Vital. O arquiteto conta que tinha como objetivo fazer a arquitetura de interesse social ampliar suas fronteiras, e por isso quis idealizar um projeto que se tornasse uma referência neste setor.


Como sistema construtivo, foi especificado o bloco estrutural, o que gerou, de acordo com Vital, uma economia de aproximadamente 30% em relação à alvenaria convencional, sistema que iria exigir a execução de estrutura de vigas e pilares. "Com o bloco estrutural, não é preciso fazer a estrutura. O volume de concretagem é reduzido. Não tem pilar. O bloco estrutural já é a própria estrutura", explica.


Outro fator importante para uma construção econômica e arquitetonicamente bonita foi o detalhamento do projeto. "Uma obra bem detalhada torna-se econômica durante sua execução. Neste projeto, até mesmo as pingadeiras estão detalhadas", diz o arquiteto. Esse nível de detalhamento facilita o andamento da obra ao proporcionar à equipe do canteiro o máximo de elementos para execução correta da construção, o que evita erros e retrabalho.


A diversidade do público-alvo também foi considerada desde a concepção do projeto. O condomínio foi planejado para atender jovens solteiros, recém-casados, casais com filhos, casais de meia idade, mas todos pertencentes às classes C e D. Por ser um projeto popular, as unidades também foram vendidas no Feirão da Caixa de 2008 por R$ 90 mil. Hoje o valor de cada casa gira em torno de R$ 135 mil.


"As exigências técnicas e estéticas são as mesmas para qualquer classe", diz Yuri Vital. Talvez seja importante desmistificar o conceito de que estes aspectos sejam superficiais e só acessíveis às pessoas mais abastadas, pois é possível construir com qualidade técnica e padrões estéticos mesmo com baixo custo.





(Dulce Rosell, da Redação)




 O conjunto residencial Box House, do arquiteto Yuri Vital, chama a atenção de quem passa pelo bairro de Brasilândia, na zona norte de São Paulo. As 17 casas do empreendimento de baixo custo parecem caixas bem estruturadas, com 47 m² cada uma


Para não ultrapassar o limite de 6 m de altura estabelecido pela prefeitura, o arquiteto idealizou um meio nível abaixo do perfil do terreno para comportar garagem e depósito; o primeiro pavimento, com sala, lavabo, cozinha e área de serviço, encontra-se a apenas meio nível acima. No pavimento superior, estão os dois quartos, um deles com varanda, e um banheiro


 O partido adotado por Vital para esse projeto foi a simplicidade. O arquiteto fez uso da tecnologia do bloco estrutural, o que gerou, segundo ele, uma economia de aproximadamente 30% em relação à alvenaria convencional, sistema que exigiria a execução da estrutura de pilares e vigas


 Vista da janela de uma das casas do conjunto residencial, localizado no bairro de Brasilândia, em São Paulo. Com esse projeto, Vital foi um vencedores na categoria "Habitação de Interesse Social" do Prêmio IAB 2008, conferido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil


O projeto contempla uma rua interna que liga as unidades habitacionais do condomínio, proporcionando um eixo de grande visibilidade para o exterior


 O projeto foi pensado para pessoas das classes C e D em diferentes fases da vida, como jovens solteiros, recém-casados, casais com filhos, casais de meia idade. Por ser um projeto popular, as unidades foram vendidas no Feirão da Caixa de 2008 por R$ 90 mil. Hoje o valor de cada casa gira em torno de R$ 135 mil


 A proposta do arquiteto era criar habitação de baixo custo com projeto digno, criar algo inovador e ampliar as fronteiras desse tipo de obra. Um dos recursos para isso foi o exaustivo detalhamento do projeto. "Uma obra bem detalhada torna-se econômica durante sua execução. Neste projeto, até mesmo as pingadeiras estão detalhadas", revela Yuri Vital


 No piso térreo de cada casa localiza-se um depósito e a garagem, construídos um meio nível abaixo do perfil do terreno para manter o gabarito de 6 m de altura imposto pela prefeitura


Vista do quarto principal, situado na parte frontal do pavimento superior das casas. As esquadrias de alumínio são da Ebel


Feita a partir da porta de entrada, a foto mostra o ambiente de estar, nesse caso integrado à cozinha, de onde parte da escada que conduz ao piso superior


 A garagem com vaga para um carro e ainda um depósito elevam o pavimento do ambiente de estar do nível da rua. O quarto da frente, no piso superior, possui varanda com guarda-corpo de vidro


 As casas do conjunto são geminadas e os primeiros estudos para essa construção foram iniciados em fevereiro de 2007. Três meses depois, o projeto executivo estava pronto e, assim, em poucos dias, a obra foi iniciada


 Os ambientes de cada casa foram pensados para dar conforto e mobilidade aos moradores; embora a construção seja de baixo custo, a ergonomia não foi abandonada


 Em um terreno de 1011m² no bairro de Brasilândia, na zona norte de São Paulo, Yuri Vital construiu casas de 47 m² com garagem privativa e arquitetura de qualidade


A garagem fica meio nível abaixo do perfil do terreno para evitar que a construção ultrapassasse os 6 m de altura impostos pela leg


 A planta do primeiro pavimento evidencia, do lado direito, a escada externa que dá acesso à casa. Logo no piso de chegada, há um lavabo. No centro, a sala de estar integrada à de jantar; na cozinha, uma porta dá acesso à área de serviço.


 No segundo pavimento, os dois quartos dividem um banheiro.



Espero que tenham gostado do projeto do Yuri Vital tanto quanto eu, pois na minha opinião é de profissionais assim que precisamos, profissionais capaz de construir obras dignas para todas as classes sociais.

Tiago - Pirrô