Barcos poderiam ligar Praia de Ipanema à entrada do Túnel Rebouças.
Bernardo Tabak
Do G1 RJ
matéria extraida do portal:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/07/projeto-quer-implantar-transporte-publico-na-lagoa-rodrigo-de-freitas.html
Intenção também é elevar Jardim de Alah para construção de garagem.
Bernardo Tabak
Do G1 RJ
Um projeto feito em parceria por dois escritórios de arquitetura cariocas pretende utilizar a Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, como uma alternativa para o caótico trânsito da cidade do Rio de Janeiro. Os arquitetos Leonardo Lattavo e João Pedro Backheuser desenvolveram um projeto aquaviário para a Lagoa, onde pequenos barcos, com capacidade de passageiros semelhante a dos ônibus urbanos, cruzariam o espelho d'água. As embarcações fariam as rotas entre diferentes pontos, como o viaduto que dá acesso ao Túnel Rebouças ao Corte do Cantagalo, ou os bairros da Fonte da Saudade e do Humaitá à Praia de Ipanema, através do Canal do Jardim de Alah
Uma imagem digital mostra as rotas que os barcos fariam na Lagoa. (Foto: Divulgação/Leonardo Lattavo)
“O projeto não vai resolver o problema do trânsito no entorno da Lagoa, mas será mais uma alternativa de transporte público”, ressalva o arquiteto Leonardo Lattavo, um dos idealizadores. “O transporte aquaviário é pouco explorado no Rio”, acrescenta. Ele ressalta que os barcos poderiam fazer a integração com ônibus em pontos no entorno da Lagoa. “Seria um transporte intermodal, onde, por exemplo, a pessoa pegaria um barco em Ipanema rumo a um ponto de ônibus na boca do Túnel Rebouças”, explica o arquiteto.
Quiosque flutuante está previsto no projeto
Além da possibilidade de se criar um transporte público atravessando o espelho d'água, Lattavo destaca a vocação turística do projeto. “Muitos turistas certamente gostariam de pegar um barco e passear pelo meio da Lagoa, e tirar fotos da cidade de um ângulo que hoje não é possível”, observa. “Às vezes, o turista está com o tempo escasso e, utilizando os barcos, pode atravessar a Lagoa de forma mais rápida do que a pé, ou mesmo de ônibus”, complementa o arquiteto.
Um dos tópicos do projeto contempla a construção de um quiosque flutuante, que poderia ser deslocado para qualquer ponto da Lagoa. “Hoje, não existe o uso da parte central da Lagoa. As pessoas chegariam ao quiosque nos barcos, de pedalinho ou até de caiaque. E o deslocamento do quiosque permitiria posicioná-lo próximo ao ponto de chegada de competições de remo ou de vela”, diz Lattavo.
Píeres de madeira poderiam ser interligados a pontos de ônibus. (Foto: Divulgação/Leonardo Lattavo)
Arquitetos gostariam de elevar Jardim de Alah em três metros
Um dos tópicos mais ousados do projeto se refere a uma grande intervenção no Jardim de Alah. Os autores da proposta gostariam de elevar o parque em três metros de altura, de forma que pudesse ser construída uma garagem sob o jardim, com capacidade para quase 900 carros. “Hoje, o Jardim de Alah está em um nível inferior ao da rua. No projeto, ele seria erguido, ficando no mesmo nível, e ajudaria a resolver um grande problema dos bairros de Ipanema e do Leblon: a falta de vagas”, destaca Lattavo.
O arquiteto considera, atualmente, o Jardim de Alah subutilizado, e espera que, com a realização dos projetos, o parque seja mais aproveitado pela população, inclusive no período noturno.
“Queremos trazer o Jardim de Alah para o uso público, deixá-lo mais seguro. Eu mesmo, que sou frequentador do parque, evito utiliza-lo à noite, por falta de segurança”, conta Lattavo. Ele acrescenta que, através do canal do Jardim de Alah, os barcos que fariam o transporte público na Lagoa chegariam até à Praia de Ipanema. “Imagina que maravilha seria pegar um barco no Humaitá e saltar na Avenida Vieira Souto?”, sonha o arquiteto.
Poluição sonora ou visual não preocupam arquiteto
Leonardo Lattavo disse que já entregou o projeto à prefeitura do Rio, e também está em contato com investidores privados. Ele acredita que a implantação do projeto traria apenas benefícios aos moradores e freqüentadores da Lagoa e não se preocupa com alguma reação negativa.
“O barulho do barco não vai ter influência nenhuma, já que o trânsito de carros e ônibus ao redor da Lagoa é muito mais barulhento. E a gente não imagina um uso extremo, intenso dos barcos, que vão se deslocar a uma velocidade que não interfira no restante do funcionamento atual da Lagoa”, comenta o arquiteto. “O barco só ficaria perto da orla quando chegasse aos píeres. Vai existir um distanciamento suficiente das margens. E o barco pode ser movido à energia solar, por exemplo”, finaliza.
matéria extraida do portal:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/07/projeto-quer-implantar-transporte-publico-na-lagoa-rodrigo-de-freitas.html
Tiago - Pirrô
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